O vitiligo é uma
doença adquirida (ou seja, não se nasce com ela!), ainda sem causa definida e que
se caracteriza pela ausência de melanina na pele, seja por destruição ou
inativação dos melanócitos. Os melanócitos são as células que produzem a melanina,
substância que dá cor à pele e a protege dos raios solares.
Acomete cerca de
1% da população mundial e pode atingir todas as raças, ambos os sexos e
qualquer idade. Porém, a maioria dos casos aparece antes dos 20 anos de idade.
Caracteriza-se
por manchas brancas, bem delimitadas, de tamanho e número variáveis e que
acometem qualquer parte do corpo, principalmente áreas de trauma (mãos,
cotovelos, joelhos e pés) e regiões ao redor de orifícios, como olhos e boca. Também pode surgir na região genital e afetar os pêlos.
Foto do site: www.protetoresdapele.org.br
O seu diagnóstico
é clínico e, na maioria das vezes, deve-se solicitar exames de sangue para afastar
doenças auto-imunes que podem estar associadas ao vitiligo (como o
hipotireoidismo, anemia perniciosa, diabetes).
Os tratamentos disponíveis
atualmente ajudam no controle e na repigmentação das lesões e, quanto mais
precocemente forem iniciados, melhor será o resultado.
Entre os tratamentos
clínicos estão o uso de corticóides (por vias oral, tópica e intra-lesional),
imunomoduladores e fototerapia associada ou não ao psoraleno (oral ou tópico), que
pode ser feita tanto no domicilio como no consultório, sendo sempre importante
seguir as orientações do seu dermatologista.
Outra opção é o
tratamento cirúrgico, sendo o mais utilizado o microenxerto por punch. Ele está
indicado para os pacientes com vitiligo estável, ou seja, sem manchas novas e
sem aumento das manchas antigas. Antes da cirurgia, um tratamento clínico
adequado deve ser realizado. Os resultados pós-operatórios são melhores no vitiligo
localizado, por ser mais estável, com chance de repigmentação superior a 95%. Além
disto, áreas como as pálpebras, lábios, mãos, punhos, dedos, cotovelos, aréola
mamária, mamilos, genitália, joelhos, tornozelos e pés geralmente não respondem
bem ao tratamento clínico e podem ser operadas.
E para quem quiser
disfarçar as manchas brancas, hoje existe no mercado diversos tipos de maquiagem
corretiva (muitas vezes à prova d’água) e autobronzeadores, que são formas
simples e eficientes de evitar o preconceito nas ruas (pois é, ele existe!!!) e
melhorar a auto-estima.
O mais importante deste
post é que todos saibam que o vitiligo não é uma doença contagiosa, ou seja, não
se pega o vitiligo de outra pessoa!! Muitos
pacientes sofrem preconceito, o que leva à baixa auto-estima e ansiedade. A melhora da doença depende de
diversos fatores como um bom estado emocional, uso adequado dos medicamentos,
confiança no seu dermatologista e paciência!