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quarta-feira, 8 de maio de 2013

Você conhece o vitiligo?

O vitiligo é uma doença adquirida (ou seja, não se nasce com ela!), ainda sem causa definida e que se caracteriza pela ausência de melanina na pele, seja por destruição ou inativação dos melanócitos. Os melanócitos são as células que produzem a melanina, substância que dá cor à pele e a protege dos raios solares.
 
Acomete cerca de 1% da população mundial e pode atingir todas as raças, ambos os sexos e qualquer idade. Porém, a maioria dos casos aparece antes dos 20 anos de idade.
 
Caracteriza-se por manchas brancas, bem delimitadas, de tamanho e número variáveis e que acometem qualquer parte do corpo, principalmente áreas de trauma (mãos, cotovelos, joelhos e pés) e regiões ao redor de orifícios, como olhos e boca. Também pode surgir na região genital e afetar os pêlos.
 

                                   Foto do site: www.protetoresdapele.org.br
 
 
O seu diagnóstico é clínico e, na maioria das vezes, deve-se solicitar exames de sangue para afastar doenças auto-imunes que podem estar associadas ao vitiligo (como o hipotireoidismo, anemia perniciosa, diabetes).
 
Os tratamentos disponíveis atualmente ajudam no controle e na repigmentação das lesões e, quanto mais precocemente forem iniciados, melhor será o resultado.
 
Entre os tratamentos clínicos estão o uso de corticóides (por vias oral, tópica e intra-lesional), imunomoduladores e fototerapia associada ou não ao psoraleno (oral ou tópico), que pode ser feita tanto no domicilio como no consultório, sendo sempre importante seguir as orientações do seu dermatologista.
 
Outra opção é o tratamento cirúrgico, sendo o mais utilizado o microenxerto por punch. Ele está indicado para os pacientes com vitiligo estável, ou seja, sem manchas novas e sem aumento das manchas antigas. Antes da cirurgia, um tratamento clínico adequado deve ser realizado. Os resultados pós-operatórios são melhores no vitiligo localizado, por ser mais estável, com chance de repigmentação superior a 95%. Além disto, áreas como as pálpebras, lábios, mãos, punhos, dedos, cotovelos, aréola mamária, mamilos, genitália, joelhos, tornozelos e pés geralmente não respondem bem ao tratamento clínico e podem ser operadas.
 
E para quem quiser disfarçar as manchas brancas, hoje existe no mercado diversos tipos de maquiagem corretiva (muitas vezes à prova d’água) e autobronzeadores, que são formas simples e eficientes de evitar o preconceito nas ruas (pois é, ele existe!!!) e melhorar a auto-estima.
 
O mais importante deste post é que todos saibam que o vitiligo não é uma doença contagiosa, ou seja, não se pega o vitiligo de outra pessoa!!  Muitos pacientes sofrem preconceito, o que leva à baixa auto-estima e ansiedade.  A melhora da doença depende de diversos fatores como um bom estado emocional, uso adequado dos medicamentos, confiança no seu dermatologista e paciência!  
 

Um comentário:

  1. Muito interessante teu blog. Acompanharei mais as publicações.
    Abraço,
    Márcia Noriega

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